Our Fears

São as imagens que dão vida aos textos, e os textos que dão movimentos às imagens. E rodam todos como karaminholas na kuka da Krika.



sexta-feira, 9 de julho de 2004

Doce infância

Doce infância



Isabella ou Bella, como todos a chamam, tem olhos brilhantes, sorriso encantador, e é daquelas pessoas que riem com todos os músculos da face, quando está feliz, todos sabem, quando está triste, também. Sua mãe, Dona Iolanda, sempre prende seus cabelos negros num rabo de cavalo, que mal está pronto e já sai balançando nas costas de Bella, que corre em direção ao portão.

Dona Iolanda, grita: “—Bella! Tome seu café, sem isso não pode ir brincar.”

Bella volta, toma seu café dá um beijinho em Dona Iolanda, e vai correndo para a rua, é sempre assim, se Dona Iolanda não a lembra do seu café da manhã, Bella simplesmente se esquece disso.

Mas, o que tem de tão bom na rua? Hoje em dia não existe nada de bom na rua, mas quando Bellinha era criança, nos anos 70, não existia vídeo game, internet, brinquedos que falam e andam sozinhos, mas também não existiam assaltos à mão armada, era um tempo que a palavra de uma pessoa era digna de confiança. E as crianças podiam brincar na rua sem sofrerem qualquer tipo de ameaça.

Não tinha asfalto na rua de Bella, mas também as pessoas usavam bicicletas para irem aos lugares, o pai de Bellinha, o Seu Fernando ia de bicicleta trabalhar na fábrica de refrigerantes onde chefiava as equipes de trabalho. Não tinham tantas máquinas naquela época.

Bellinha tinha pais adoráveis, o Seu Fernando e a Dona Iolanda eram muito carinhosos, Bellinha não tinha irmãos, sua mãe perdeu seu irmãozinho no parto, e não pode mais ter filhos.

O melhor amigo de Bella era o Rafael, um garoto muito danado, estava sempre subindo em árvores, puxando o rabo de cavalo dela, dando-lhe beliscões. Mas Bella era adorável até quando estava zangada com Rafa.

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