As borboletas
Foto de Salvatore Spano
“Livre agora. Não é a toa que o mundo parece um lugar melhor cada vez que conhece meu sorriso.” (Sabedoria da Mentira)
Um ensejo dito por outra pessoa como se fosse eu, que traduz muito de mim.
O sorriso que sempre foi minha marca floresceu, e com o passar de algum tempo, simplesmente desapareceu.
O mundo parecia não ter mais encantos, as torres ruíram, pessoas morreram, mulheres agarraram-se aos corpos de seus filhos desmembrados pelo terror. As pessoas deixaram de se entender.
Eu desliguei a TV, e fui dormir sobre as minhas lágrimas, não pela dor do mundo, mas pela minha dor tão menor e tão mais importante. Doíam todas as entranhas, mesmo que eu estivesse vazia.
Até que o Sol pela minúscula fresta da minha janela teimou em entrar, fustigando minha face molhada, cansada e desamparada. Levantei para ajustar as cortinas, e pela fresta avistei pequenas borboletas, eram azuis, amarelas, laranjas, brancas. E dançavam sobre as cinzas de um mundo destruído, convidando à reconstrução.
Senti-me imensamente egoísta. Se até as borboletas que morrem no esplendor de sua beleza festejam, por que eu haveria de morrer triste?
Foto de Claudio Calvani
Por que o mundo deveria morrer triste? Por que não deixar algo de sincero para lembrar a nossa existência? Por que não desafiar todos os nãos? E, por que não sorrir e deixar o mundo melhor, como fazem as borboletas?
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